A triste realidade da saudade



É extremamente ruim ter que acordar todos os dias sem a esperança de que esta ponta de saudade, que insiste em ferir-me duramente, um dia suma. Os bons momentos dão lugar à amargura, uma vez que estes bons momentos não serão posteriormente repetidos com você. A vida nunca quis nos dar um 'replay' destes momentos. A dor de pensar em todos os dias que já se passaram sem você e os que ainda hão de vir me preenche os olhos, mas não é capaz de me trazer o choro. Chorar é uma coisa que eu não tenho feito há tempos, desde a última perda familiar.
Eu sei que às vezes a vida nos ilude com certos sentimentos, mas não era pra ser do jeito que foi, eu tinha tanta certeza em nós, certeza nesse amor. Agora tenho certeza da dor que ficou, que é maior que a minha ressaca rotineira de domingo e a dor de cabeça incessante e insistente.
A esperança de que as suas mensagens idiotas cheguem algum dia nunca morre. A saudade força-me a reler nossas antigas conversas, que duravam horas e viravam as madrugadas e que o assunto nunca acabava, apesar de nunca ter um assunto definido. Esta maldita esperança já me fez magoar bastante meu fígado.
Tenho medo que tudo caia no esquecimento, na rotina dos dias, no cotidiano, que nada do que fomos um dia faça mais sentido algum. Algumas importâncias mudam rápido demais, mas você ainda é a pessoa mais importante da minha rotina, talvez porque eu esteja remoendo um passado que não virou futuro feliz, ou talvez porque minha rotina ainda insista em ter esperanças que um dia a sua rotina se reencontre com a minha, no caos da cidade ou num boteco de qualquer esquina.

Até que haja fígado.

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